sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tratamento digno na Comunidade Terapêutica Filadélfia

Forma de tratamento é decisiva para evitar recaidas de pacientes
Plano terapêutico poderá servir de exemplo para todo o País.

           Inaugurada a quase um mês, a Comunidade Terapêutica Filadélfia tenta se diferenciar e vai apresentar proposta de tratamento dígna e inovadora para usuários de drogas no Brasil. Localizada à 240km de Fortaleza, a CT oferece até 30 vagas para pacientes voluntários.

Recém inaugurada, CT foi montada graças a união de
empresários cearenses com o Instituto Filadélfia e de
colaboradores da área da Saúde.

            "Amor fraternal", é o significado da palavra Filadélfia, nome da CT recém inaugurada em Sobral, no norte do Ceará. Um sítio cercado de árvores frutíferas, e com estrutura seguindo as normas da ANVISA e aprovada pela vigilância sanitária local. Além dos profissionais da área da Saúde, o local conta com aviário, psicultura, sala de aula para cursos e palestras, campo de vôlei e futebol de areia, consultório para atendimento individual, cozinha com fogão industrial e amplo estacionamento para os familiares em visita.

            Apesar de todos esses equipamentos, a direção do Instituto Filadélfia, entidade administradora da unidade terapêutica, está preparando projetos que irão implantar uma horta para produção de verduras e legumes, uma academia, além de marcenaria que será utilizada para a fabricação de mesas, cadeiras e outros móveis. A idéia da marcenaria surgiu após uma reunião com um empresário do setor de móveis da região e se encaixou perfeitamente dentro do planejamento terapêutico da entidade.

                            
A instalação da academia será fundamental para
o tratamento terapêutico dos pacientes que se
recuperam contra o crack, avalia a Educadora
Física Lígia Carla.

              Para o diretor Wellington Macedo, é de extrema importância um acompanhamento multidisciplinar tendo em vista um resultado positivo de todos os esforços combinados. Quanto aos equipamentos que vão incrementar ainda mais a estrutura da CT, uma reunião para tratar do assunto com representantes do Governo do Estado, já está agendada para a próxima semana.

"O usuário de drogas, em especial o crack que é o gerador de
uma cadeia de problemas sociais, ao enveredar na
dependência, perde o controle psico-social, em alguns casos
tem o seu sistema neurológico afetado, sua funções cognitivas
destruidas, músculos e físico prejudicados, perde o amor familiar,
adquiri baixa espiritualidade e graves prejuizos profissionais,
além do preconceito que dificulta a reisersão social e seu
retorno ao mercado de trabalho. Resumindo; o crack transforma
um cidadão num mendigo de rua, o marco zero." Relata Macedo.

Wellington Macedo defende um tratamento unificado de várias especialidades médicas, acompanhamento religioso e capacitação dos pacientes para o mercado de trabalho com cursos aplicados durante o tratamento, incluindo a família doente no contexto terapêutico.

   
 A direção da CT está preparando projeto e vai

buscar recursos para montar a marcenaria. O
intuito será capacitar, produzir e gerar renda
durante o período de tratamento dos pacientes.

         O projeto terapêutico inclui também assistência com o serviço social para os familiares do dependente químico em tratamento, encaminhamento para um emprego, além de acompanhamento durante três meses após o período de tratamento incluindo mudanças no cotidiano do endivíduo recuperado. O objetivo é fechar todas as oportunidades de uma possível recaida, durante o retorno ao convívio social pós tratamento.



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